segunda-feira, 9 de março de 2015

Akuma No Riddle

Hashiri Nio, Shuto Suzu, Kaminaga Koko, Banba Mahiru, Hanabusa Sumireko, Inukai Isuke, Sagae Haruki, Azuma Tokaku, Ichinose Haru, Namatame Chitaru, Kirigaya Hitsugi, Kenmochi Shiena & Takechi Otoya

E agora, queridos e queridas, vamos falar sobre uma das melhores surpresas que tive nas últimas semanas: Akuma No Riddle.
Lançado no início do ano passado, o anime categorizado geralmente como ação e suspense psicológico caiu nas graças de muitos quase na exata medida em que foi desprezado por outros. Portanto, nada mais justo que a tentativa de uma análise o mais equilibrada possível - não sem antes, porém, dar uma pincelada no enredo para aqueles que não assistiram.


A trama é primariamente contada sob o ponto de vista da antissocial Azuma Tokaku. Com seus icônicos olhos e cabelos azuis, a garota é uma assassina que se junta à Jū-nen Kuro-gumi (a chamada "Turma Negra") da Academia Miōjō. A grande sacada é que todas as outras 12 integrantes da turma também são assassinas, com exceção de uma: a tinha que ser azarada décima-terceira aluna, Ichinose Haru, que é simplesmente o alvo de todas elas. É instaurada então uma competição, onde aquela que matar a garota, tendo previamente declarado seu intento, terá um desejo concedido, qualquer que seja este. Como toda desgraça é pouca e só isso não teria muita graça, Tokaku percebe que tem sentimentos por Haru e decide que vai protegê-la de suas 11 companheiras de ofício. Usando o adorado e adorável cenário da vida escolar, a natureza única da situação se alia aos momentos banais do dia-a-dia das "estudantes" japonesas para dar o tom definitivo à série.



Vamos então aos fatores que rendem à Akuma No Riddle tamanhas reações de amor e ódio.

(+) : As cores e cenários da série são de cair o queixo. Admito, que em se tratando dos recentes lançamentos isso não é lá uma novidade, mas as muitas cores bem trabalhadas unidas a traços firmes e delicados em sequências extremamente rápidas se destacam, dando vontade de passar quadro-a-quadro aquela cena de pancadaria pra procurar algo que esteja errado (e não encontrar), só pra ficar se perguntando "como diabos esses caras fazem isso?". Pois é, você nunca achou que ver uma garota sendo esfaqueada poderia ser tão lindo e poético.

(-) : O anime dá a incômoda sensação de ser acelerado demais. Uma vez que se assimila a trama é de se esperar que assim seja, uma vez que são 11 assassinas tentando matar apenas uma garota no decorrer de 12 episódios e 1 OVA, mas isso não faz com que seja menos frustrante. Não posso dizer que encontrei sequer uma assassina cujo background não fosse interessante (como a presunçosa Inukai Isuke, cujos pais foram assassinados pelo mesmo profissional que a adotou junto a seu parceiro gay, ou como a lindamente nerd Kaminaga Kōko, perita em explosivos que foi criada e treinada pela Igreja, ou ainda como Takechi Otoya, com suas afiadíssimas tesouras, sua pouca sanidade e sua enorme lista de vítimas feitas apenas por diversão - apenas para citar algumas), e a pressa em finalizar o cerne da série pecou por não fazê-lo da maneira como deveria além de não explorar o máximo de seus personagens tão distintos.

(+) : O yuri está, sim, presente e bem definido, mas em momento algum apela para aspectos gráficos. Acertou em cheio pois agrada os fãs do gênero com sua irrefutável presença tanto quanto os não-fãs com sua sutileza. Olhares, declarações ambíguas, pequenos toques e atitudes valem como demonstrativos para ambos os grupos.

(-) : O final é ligeiramente forçado. Não é de todo ruim, mas quando levamos em consideração os momentos vividos ao longo da série podemos chegar a N finais que seriam mais coerentes. Não sei dizer se isso se deve ao mangá (confesso que não o li), porém como amante das animações não foi difícil imaginar outras possibilidades que talvez perdessem em originalidade, mas que materiam a 'unidade' da estória.

(+) : A trilha sonora dá o clima certo às cenas. Seja suspense, ação pura e simples, romantismo, drama...qualquer que fosse a emoção transmitida pelo roteiro e pelo bom trabalho do elenco de voz esta não seria a mesma sem as sequências musicais. Por vezes mais discretas, de fundo, por vezes mais chamativas, em contraste direto com a fala da cena, se fazem evidentes, contribuindo para que o espectador saiba exatamente o que é esperado que ele pense e sinta a cada momento.

(-)OVA - 1ª consideração
Como acontece em muitos animes, as OVA's são a oportunidade perfeita para explorar certos prazeres inconfessáveis que se manifestam através de pouca roupa e muito peito. Nem sempre condizentes com a trama na qual estão inseridas, são muitas vezes rejeitadas pelos espectadores por sua finalidade (quase em todos os casos) de saciar o desejo primal que muitos têm pelo fan service. Akuma No Riddle não é muito diferente e posso afirmar, sem medo de ser feliz, que se você é daqueles que não curte um pouco de ecchi na sua vida poderá se dar ao luxo de dispensar a OVA sem prejudicar em absolutamente nada sua interpretação do anime.

(+)OVA - 2ª consideração
No entanto, se você é como eu e não se importa nem um pouquinho com um pouco mais de nudez no seu dia, mas que, além disso, tem o coração mole, ASSISTA à OVA. Existe um pequeno detalhe que te faz enxergar a conclusão da trama com outros olhos. Mantenho o que disse logo acima: não é necessário assistir à OVA para sacar a série na íntegra, mas é uma boa oportunidade de conhecer melhor e ter uma noção do que esperar das assassinas mais irresistíveis que o Japão produziu em um só lote.


Bem...se você chegou até aqui espero que faça das duas, uma: pare de perder seu tempo e assista logo ou anime OU avalie se concorda ou discorda dos pontos aí em cima. O fato é que Akuma No Riddle vai se mostrar um prato cheio, qualquer que seja a sua escolha. 5 estrelas. Fácil.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Kannazuki No Miko

Eu não gosto de mecha. Dito isso, apresento-lhes "Kannazuki No Miko".


"Kannazuki No Miko" (em inglês "Priestesses Of The Godless Month") conta a estória de Kurusugawa Himeko e Himemiya Chikane, duas garotas que são melhores amigas - em segredo de todos os outros.
Chikane é considerada a garota-prodígio: habilidosa em tênis, piano e arquearia, constantemente apresenta boas notas e é de família rica. Mora numa mansão com seus vários servos. É nobre, elegante, educada e admirada por todos ao seu redor.
Himeko é tímida e ingênua. Orfã, a jovem aparenta ter apenas uma amiga: Saotome Makoto, também sua colega de quarto.
As duas constantemente se encontram em segredo para almoçarem juntas na escola e dividem uma cumplicidade ímpar.
Envolvido também na trama está Ōgami Sōma, cobiçado por várias alunas, é considerado por todos o par perfeito (e único "merecedor") de Chikane. O que ninguém sabe é que Sōma é, desce criança, perdidamente apaixonada por Himeko, enquanto Chikane também só tem olhos para a garota desde que a conheceu. E adivinha só? Himeko não tem noção dos sentimentos de nenhum dos dois.

Talvez isso já fosse motivo pra uma certa encrenca, mas é claro que a trama não se resume somente à isso. Ao completarem 16 anos (no mesmo dia, 'coincidentemente') as jovens se tornam alvo de um mecha, que é ninguém mais ninguém menos que o próprio Sōma. Ok, ok, vou explicar. Himeko e Chikane são, respectivamente, as sacerdotisas do Sol e da Lua, que têm por missão despertar Ame No Murakumo, o Deus das Espadas, a fim de que o mesmo derrote Yamata no Orochi, um deus maligno cujo objetivo é acabar com o mundo dos humanos e, em seu lugar, criar um mundo de trevas. Orochi possui 8 'cabeças', cada uma sendo um personagem que possui seu próprio mecha como instrumento de destruição das sacerdotisas. No fim das contas, Sōma é a sétima cabeça de Orochi.

A questão é que o que ele sente por Himeko impede que sua natureza maligna tome conta, e ele passa a ser defensor da mesma, lutando contra as outras cabeças para garantir a segurança da jovem até que ela e Chikane consigam realizar o ritual por completo. A fragilidade de Chikane, como mera humana, diante das investidas das outras cabeças a frustram cada vez mais, uma vez que é Sōma, e não ela, quem protege Himeko.
Numa reviravolta, Chikane parece ceder a toda a obsessão que sente pela Sacerdotisa Solar e acaba revelando um lado totalmente sombrio, que a leva a se juntar à Orochi. Não bastasse, ela é responsável pela destruição de praticamente todas as outras cabeças, somente para que ela seja a única a combater Himeko no final. Resumindo: Chikane e Sōma responderam de formas proporcionalmente inversas ao mesmo sentimento.

Ok...agora serei totalmente sincera.
Da primeira vez que assisti "Kannazuki No Miko" eu não passei da metade do segundo episódio.
Eu estava iniciando nessa vida de animes e não houveram muitas coisas que me prendessem, baseada no primeiro episódio.
Porém, como boa fã de Yuri, insisti e foi somente há pouco tempo atrás que, na segunda tentativa, passei de onde havia parado. E valeu MUITO a pena ter passado pelo começo novamente.
A estória me prendeu tanto que eu passava meus intervalos no trabalho assistindo à série online e não sosseguei até chegar ao fim.


Juntando todos os elementos, dou à "Kannazuki No Miko" 3 estrelas. Lembrando é claro que qualquer classificação que faço é baseada no meu gosto pessoal. O anime perde alguns pontos pela presença (a meu ver, desnecessária) dos mechas. Perde um pouco ainda por não explorar melhor uma gama maior de personagens. Ganha pela trama...que parecia tão previsível no início mas acabou por me surpreender. Pela profundidade dada aos personagens centrais. E pelo final, que me fez chorar, apenas para depois sorrir.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Sakura Trick


Não é segredo nenhum que eu sou louca por Yuri. E "Sakura Trick" me ganhou no primeiro episódio.

A estória envolve duas amigas de longa data, Sonoda Yū e Takayama Haruka. Ao chegarem no ensino médio elas resolvem que irão fazer algo para que sua amizade seja ainda mais única e a ideia genial parte de Haruka: que as duas se beijem.
Embora Yū pareça um tanto relutante no início, acaba concordando e o tal beijo se dá logo no primeiro episódio, numa sala de aula vazia, acompanhado por uma "chuva" de folhas de cerejeira (daí o nome do anime). Para quem assiste Yuri na expectativa daquele beijo pode parecer que a série logo perde a graça, mas garanto que não é esse o caso.

Haruka demonstra sentir algo verdadeiro pela colega e a insegurança de Yū, alternada pelos momentos de mais profundo carinho entre as duas prende o espectador, que acompanha tudo isso com o pano de fundo da vida escolar.

Há ainda as outras colegas de sala, Minami Shizuku, Noda Kotone, Ikeno Kaede e Iizuka Yuzu, as primeiras também formando um casal e as segundas dividindo uma amizade mais que especial - deixando implícito um sentimento mais profundo.


Tudo até seria, de certa forma, mais simples, se Yū não tivesse uma irmã mais velha, Mitsuki, que fica psicótica com a possibilidade das melhores amigas estarem tendo algum tipo de envolvimento amoroso. Já não bastasse isso, Mitsuki logo percebe que grande parte de sua preocupação se deve à ciúmes. De sua irmãzinha mais nova? É claro. Mas principalmente de Haruka, por quem ela nota (muito a contragosto) estar caidinha.


A série é bastante leve e divertida e de um entretenimento fácil, e tem uma roupagem tipicamente Yuri, com suas menininhas em uniformes colegiais, piadas maliciosas e a total ausência de personagens masculinos.

Eu me apaixonei perdidamente pelo anime e foi impossível não torcer por cada vez mais beijos entre Yū e Haruka, assim como pela primeira parar com a frescura e entender o que sente pela melhor amiga. O romantismo desmedido de Haruka é um plus, e o espectador fica com os dedos cruzados (entre vários "owns" inevitáveis) para que chegue logo o momento em que as duas se assumirão como namoradas.
Fica ainda no ar a possibilidade de uma segunda temporada, pela qual eu - particularmente - aguardo ansiosamente.

Levando-se em consideração a comédia, a leveza, o romantismo e os muitos beijos fofos, rendo à "Sakura Trick"
5 estrelas. E sem mais.


terça-feira, 4 de novembro de 2014

Ikkitōsen

Em se tratando de artes marciais, confesso que sou bem tendenciosa. A maioria dos animes mais conhecidos envolve lutas e, francamente, pouquíssimos realmente valem a pena. Porém, quando o papo é "Ikkitōsen" a coisa muda de figura.

A estória gira em torno de um grupo de escolas nas quais seus alunos são reencarnações de guerreiros envolvidos na batalha dos Três Reinos - narrativa parte história, parte lenda, parte mito que se passa na China no fim da dinastia Han, retratando os conflitos entre lordes feudais (três em especial) em busca por poder e soberania. É tido como verdade que os jovens estão fadados a reviver a sina dos guerreiros de outrora, tanto suas vitórias quanto suas derrotas, envolvendo até mesmo suas relações pessoais. Tal fato é expressado pelas magatamas, brincos usados por todos os lutadores que contêm o espírito e a essência dos guerreiros, bem como seu destino.

Sonsaku Hakufu é o centro da trama. Jovem, bonita e extremamente desatenta e estabanada, a garota recém-chegada na Academia Nanyo é louca por lutas e já chega comprando briga com os maiores e mais fortes apenas por diversão. Para desespero de seu primo Shūyu Koukin. A grande sacada é que Hakufu é a reencarnação de um dos três principais generais, enquanto Koukin tem por carma protegê-la.

Como tudo gira em torno de "reviver o passado" e conquistar o poder, todos os guerreiros das sete escolas (Academia Nanyo, Academia Kyosho, Academia Seito, Academia Yoshu, Escola Rakuyo, Escola Gogun e Escola Yoshu) lutam entre si para estabelecer uma escola acima das outras na região de Kanto, o que por si só já geraria confusão o suficiente. Porém existem outros fatores agravantes, como a presença dos três generais, que posam como figuras centrais em todo o conflito e, é claro, todas as intrigas de outra época que podem (ou não) se repetir, como alianças, traições e até mesmo embates diretos.

O anime é bastante dinâmico e o que mais requer a atenção do espectador são as referências aos personagens do passado. São diversos indivíduos e é fácil se confundir, mas com um mínimo de atenção, tudo se torna simples. A trama em si não é complexa e a animação é de total entretenimento com suas lutas e muito, muito humor.

Agora, vamos à minha parte favorita - um pouco dos personagens:


Sonsaku Hakufu (Academia Nanyo)
A protagonista é super agitada e desastrada, e é justo dizer que seu intelecto não é dos mais afiados.
De uma simplicidade cativante, ela faz questão de comprar briga com todos e qualquer um pelo mero prazer de testar suas habilidades e ter certeza de que é a melhor lutadora que poderia ser.
Como reencarnação de um dos três grandes generais dos Três Reinos, é peça chave em todo o cenário, mas pouco se importa com todos os aspectos políticos, abraçando a luta por diversão.
Possui a capacidade de "ler" o fluxo de chi ao redor de seus oponentes, o que faz dela bastante habilidosa em prever os ataques e, não só evitá-los, como contra atacá-los com muita eficácia. Como seu antecessor, detém o título de "Pequena Conquistadora".


Shūyu Koukin (Academia Nanyo)
Primo de Hakufu, é fiel protetor da mesma desde seu antecessor, embora - eventualmente - pareça que o que se dá é o contrário.
Koukin não tem por hábito se envolver em brigas, apesar de demonstrar grande potencial para se dar bem nas mesmas.
Hakufu está sempre metendo-o em encrenca, mas a tranquilidade e senso de responsabilidade do rapaz o garantem como uma figura confiável, chegando a rendê-lo o posto como um dos quatro devas da Academia Nanyo.


Ryomō Shimei (Academia Nanyo)
Sempre na sua e aparentemente dona de uma personalidade fria (e às vezes sádica), Ryomō apresenta desde o começo uma certa antipatia em relação à Hakufu, sendo sua rival em lutas em mais de uma ocasião. Com o tempo, no entanto, as coisas mudam e a insistência de Hakufu em tratar Ryomō como sua amiga acaba por quebrar um pouco o gelo no temperamento da lutadora.
Apresentando um estilo único, Ryomō é adepta da imobilização e submissão a fim de subjugar seus oponentes, e sabe dar entrelaces de perna (que ela encerra usando seu inseparável par de algemas) como ninguém.
Desde o começo é possível observar em Ryomō o que parece ser um embate eterno entre duas personalidades distintas: uma relativamente tímida e reservada, enquanto a outra se mostra (por falta de expressão melhor) uma psicopata em potencial. Seu tapa-olho oculta parte de seu mistério, mas ao mesmo tempo garante grande fração de seu charme.


Kan'u Unchō (Academia Seito)
Para quem gosta de cabelos e armas longas e muita, muita habilidade para lidar com ambos, Kan'u é a personagem ideal.
É uma lutadora extremamente habilidosa, tida como a melhor da região. Assim como seu antecessor, seu destino é proteger Ryūbi, reencarnação de seu general na batalha dos Três Reinos.
Por conta da rixa entre as escolas, luta tanto com Ryomō (com quem parece possuir uma rivalidade fora do comum) quanto com Hakufu. Circunstâncias, porém, transformam a natureza absoluta desse quadro.
Independente disso, é impossível não gostar da personagem. Seja por sua calma, sabedoria ou, é claro, inquestionável perícia como lutadora, além de sua contagiante fidelidade à sua superior...que parece - com o passar dos episódios - ser um pouco mais que apenas isso.


Ryūbi Gentoku (Academia Seito)
É a personagem que mais foge do padrão do anime.
Avessa a lutas, a garota prefere muito mais ficar com seus livros que fazer qualquer coisa que envolva perícias físicas.
O mais interessante, entretanto, é que ela é detentora do espírito de um dos generais de seu passado, e está destinada a manter sua sina como uma grande líder apesar de não apresentar o perfil para tal.
Mas não que isso faça dela completamente indefesa.
Assim como os outros generais, Ryūbi possui um dragão dentro de si, sendo o seu o mais destrutivo de todos. Basta que a mesma veja seus amigos sendo feridos para que o mesmo desperte e ai de quem estiver em seu caminho. Nem ela própria sai incólume de tais manifestações.
Mesmo com isso em consideração, a jovem parece não ter noção de seus ocasionais rompantes e as coisas poderiam ser muito piores se ela não tivesse sua melhor amiga, Chōhi Ekitoku e, principalmente sua protetora, Kan'u Unchō ao seu lado nesses momentos.


Sōsō Mōtoku (Academia Kyosho)
O terceiro dos generais tem suas primeiras aparições de forma bem discreta, sempre deitado em algum canto, alheio ao que acontece ao seu redor. Porém, após o despertar de seu dragão, ele se torna violento e ambicioso, devido à influência de seu antecessor.
Facilmente o mais forte dos personagens, sua sede de poder acaba resultando numa aliança entre Ryūbi e Hakufu a fim de derrotá-lo.
Por vezes sua agressividade faz com que ele pareça não "distinguir" amigos de inimigos, mas fica muito claro que ele luta constantemente contra a influência do dragão sobre suas ações.


Eu poderia listar muitos mais (como eu disse, são VÁRIOS personagens), dentre os quais não poderia deixar de citar Ryofu Hōsen, Tōtaku Chūei, Chōhi Ekitoku, Chōun Shiryū, Kakōton Genjō, Shiba'i Chūtatsu e Myōsai Kakōen, mas não há melhor forma de conhecer todos do que assistindo ao anime.



Para quem gosta de dinamismo, lutas, humor e - não vou mentir - muito fan service e a dose certa de ecchi, Ikkitōsen é com certeza um prato cheio, série detentora de orgulhosas 4 estrelas na minha classificação.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Elfen Lied


E chegamos a "Elfen Lied". Foi um dos primeiros animes que assisti e foi definitivamente o que chegou mais fácil ao meu top. À época eu não estava tão familiarizada com as animações japonesas, mas bastou que eu assistisse os primeiros episódios (inclusive assisti a primeira sequência muito mais vezes do que gostaria de admitir) para que percebesse que eles tomariam um grande espaço na minha vida.

"Elfen Lied" conta com uma trama relativamente simples. Lucy é uma diclonius, uma espécie bastante parecida com os humanos, porém com duas protuberâncias (ok, chifres) na cabeça e braços invisíveis, chamados 'vetores'. Estes são, inclusive quase protagonistas da estória.
Lucy é mantida em laboratório permanentemente até o dia em que as coisas dão terrivelmente errado e ela escapa. Durante sua fuga, destroça inúmeros guardas com seus vetores, mas opta por poupar seu criador. A um passo da liberdade total, porém, ela é atingida por um tiro na cabeça e cai no mar.

Posteriormente é encontrada por Kōta e sua prima Yuka, sem memória alguma de quem (ou o quê) seja, sem mesmo saber falar. A única coisa que ela pronuncia é "nyu", apelido que logo recebe de seus anfitriões. Tudo seria muito bom se fosse apenas isso, mas é claro que seu criador não a deixaria solta por aí, e é justamente a perseguição à Lucy que dá ritmo à estória.


A doçura de Nyū em contraste com a selvageria
e sadismo de Lucy é o que torna tudo mais interessante, já que, embora tenha suas memórias reprimidas, Lucy eventualmente se mostra em toda sua agressividade, disparada por seu instinto de sobrevivência. Aos poucos a trama vai ganhando densidade, à medida que certos mistérios vão sendo desvendados e vamos conhecendo cada vez melhor ambas as personalidades da protagonista.




Não poderia deixar de mencionar, ainda, Nana, uma outra diclonius que é mandada atrás de Lucy, mas que, ao contrário de seu alvo, mostra total fidelidade à Kurama, seu criador, a quem chama de "Papa". A luta entre as duas ainda está entre as minhas favoritas de todos os animes que já vi.





No fim das contas, eu poderia passar muito, muito tempo listando os motivos para assistir ao anime, desde a estória até os personagens, até a própria abertura, que já instiga por si só (afinal, quantos animes conhecemos que se iniciam com lírico em latim?). Porém me contentarei em dar 5 estrelas e que o anime se encarregue de justificá-las.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Mirai Nikki

"Mirai Nikki" foi um anime que me despertou bastante o interesse devido à uma das principais personagens, Gasai Yuno, figurinha carimbada em diversas camisas e acessórios para quem gosta deste aspecto da cultura japonesa, e eu não pude deixar de procurar saber de onde vinha a tal gracinha (mas nem tanto) de cabelos rosas.

Uma vez tendo descoberto o anime em questão, resolvi ler um pouco a respeito para definir um pouco mais minha opinião se valia a pena ou não baixá-lo. Qual não foi minha surpresa quando me deparei já tão absorta pela trama que acabei por ler tudo e conhecer o fim do anime sem sequer ter visto um episódio. Qual maior ela não foi quando eu percebi que saber como o mesmo acabava não representou a menor diferença e eu mal podia esperar para assistir tudo! E assisti compulsivamente.


A trama se inicia com o jovem frágil e individualista Amano Yukiteru, que não só não interage direito com o mundo ao redor, optando por apenas observá-lo e registrar tudo o que vê em um diário em seu celular, como ainda possui dois amigos "imaginários": Deus Ex Machina e Muru Muru. No entanto, Yukiteru logo é surpreendido com a notícia de que Deus Ex Machina é de fato o deus do Espaço-Tempo (que tem Muru Muru como seu assistente) e - como se isso já não bastasse - seu tempo está acabando e ele precisa de um sucessor. Para que isso seja possível, Deus cria um jogo no qual 12 participantes recebem diários do futuro (daí o nome do anime, que significa literalmente "Diário do Futuro"), cada qual com uma perspectiva única sobre o que ainda está por vir. A ideia básica é que os jogadores, se utilizando de seus diários, encontrem uns aos outros e se matem, sucedendo Deus Ex Machina aquele que permanecer vivo ao final. O que não significa necessariamente que todos tenham entrado no jogo por livre e espontânea vontade.


É óbvio que Yukiteru logo percebe a encrenca em que está, pois não tem a menor possibilidade de sobreviver à 11 atacantes levando em consideração sua total ausência de instintos e técnicas combativas.
O que não estava nos planos do protagonista (chamado de "Primeiro" por ter sido essa a ordem na qual recebeu o diário para participar do jogo) , no entanto, é que a Segunda, Gasai Yuno, nutrisse uma paixão avassaladora por ele e se comprometesse a protegê-lo, custe o que custar.


Grande parte da emoção de Mirai Nikki está no fato de que Gasai Yuno é uma personagem de extrema profundidade e complexidade, o que impossibilita que tanto os personagens quanto os espectadores saibam o que esperar dela. Em um momento, a garota apresenta uma personalidade doce e cativante, o que dá vontade de colocá-la no colo e levá-la para casa. No momento seguinte, a mesma é tomada por um ímpeto psicopata, que faz com que ela pegue a arma mais sanguinária que encontrar e saia destroçando todos aqueles que ameaçarem seu querido Yukki (e eventualmente aqueles que não representam ameaça alguma).


Amano Yukiteru, no início, é um personagem bastante sem graça, que é facilmente eclipsado, não só por Yuno, mas como por vários dos outros donos de diários (destaque para Uryū Minene e Kurusu Keigo, a Nona e o Quarto, que possuem grande peso na estória). Com o passar da série, porém, uma sequência de circunstâncias faz com que Yukiteru desenvolva e amadureça sua personalidade, chegando a surpreender, por vezes, com algumas escolhas que faz.


No fim das contas, Mirai Nikki é merecedor de 5 estrelas por seus personagens mais que interessantes, sua trama absolutamente bem amarrada (não consigo me recordar de nada que estivesse ali por estar), seu traço bem definido e atraente, além de uma trilha sonora excepcional, principalmente pela abertura da primeira parte, intitulada "Kūsō Mythology", interpretada por Yōsei Teikoku, que - confesso - me arrepia sempre que ouço. E, é claro, por Gasai Yuno.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Another



Para mim é muito fácil, e ao mesmo tempo muito difícil, falar de "Another". Este se tornou simplesmente meu anime favorito.

O visual do anime é realmente muito, muito bom, desde o traço dos personagens até os cenários.

A estória é magnífica. Desde o primeiro episódio, aliás, a primeira cena, o clima de mistério já se instaura e o ponto de interrogação incômodo se forma na sua cabeça. Tudo por conta do fato do protagonista, Sakakibara Kouichi, acordar numa cama de hospital, na cidade de Yomiyama, com a qual ele não está muito familiarizado - embora tenha família lá.
É visitado no hospital por alguns futuros colegas da escola na qual começará a estudar, a Yomi Norte. É aí que todo o mistério começa, pela postura dos que o visitam: Kazami Tomohiko, Sakuragi Yukari e Akazawa Izumi. Todos aparentemente muito sérios e preocupados com a chegada de Kouichi.
Ainda no hospital, Kouichi conhece Misaki Mei, uma garota extremamente intrigante (venhamos e convenhamos, um tapa-olho faz toda a diferença!) que chama sua atenção imediatamente.
Uma vez na escola, o posicionamento dos colegas (ou a falta do mesmo) em relação à Misaki Mei desencadeia uma série de questionamentos em Kouichi, que fica cada vez mais curioso à respeito do passado - e, consequentemente, presente - de sua turma.

O grande trunfo da série, na minha opinião, é a profundidade dos personagens.
Digo (com algum pesar) que considero Kouichi o mais "sem graça" (note as aspas: acho-o sem graça por comparação) de todos.




Por que o trunfo, então?
Porque Sakakibara Kouichi é um personagem simples.
E é justamente essa simplicidade em sua forma de pensar que faz com que seja natural desenvolvermos tamanha empatia por ele que logo estamos pensando como ele.
Todas as dúvidas - e certezas - que o mesmo vai tendo ao longo do anime são as mesmas que os espectadores desenvolvem à medida que a trama vai se desenrolando.
É também um personagem cativante e doce, mas - como percebemos posteriormente - de uma força psicológica extrema e valores bem arraigados.










Do outro lado temos a desgraçadamente misteriosa Misaki Mei.
Sempre muito quieta e com um tom de voz quase inalterável, a menina logo desperta o interesse de Kouichi.
Não bastasse sua aparência já deveras curiosa, a jovem parece ser invisível para todos à sua volta...com exceção do nosso querido protagonista.
Tal fato é o estopim para todos os questionamentos que impulsionam o anime, uma vez que os segredos da classe 3 da nona série da Yomi Norte vão sendo explorados, episódio por episódio.





Não posso deixar de citar, também, Akazawa Izumi - peça também muito importante - que parece profundamente incomodada com a curiosidade de Kouichi acerca do passado da turma.
Eu poderia falar sobre vários dos personagens, mas isso tomaria um tempo e espaço desnecessário. O ideal é que cada um confira por conta própria.

A ambientação obscura está sempre presente no anime, e confesso que várias das mortes no mesmo presentes (claro que há mortes!) me fizeram lembrar da franquia de "Premonição", devido ao alto nível de violência.

A trama foi tão bem elaborada que você passa boa parte do anime tendo certeza de algo, apenas para descobrir que estava redondamente enganado e que nada, NADA, é o que parece. Não só isso, quando chegamos ao fim somos remetidos a um flashback que nos mostra inúmeros momentos aparentemente insignificantes da estória entrelaçados e você se pergunta: "Como diabos eu não percebi isso antes?". Houveram momentos de tensão, momentos de alguma agonia, momentos emocionantes e momentos de cair o queixo.

    (Sakakibara Kouichi, Misaki Mei, Akazawa Izumi, Mochizuki Yuuya e Teshigawara Naoya)


Com cenários arrepiantes, sequências sangrentas de tirar o fôlego e uma trama envolvente que não te deixa parar de assistir até o fim do último (e, infelizmente, apenas décimo-segundo) episódio, "Another" me marcou e mudou completamente minha visão pré-conceituosa de animes de terror.
Dito isso, não poderia deixar de receber absolutas 5 estrelas na minha classificação.